(IFPE) Carlos possui uma gráfica e frequentemente transporta caixas de madeira contendo resmas de papel. As caixas vazias têm sempre a mesma massa e as resmas de papel também. Quando ele transporta 10 caixas, cada uma com 30 resmas, a carga total tem massa igual a 650 Kg. Por outro lado, quando ele transporta 20 caixas, cada uma com 20 resmas, a carga total tem massa de 900 Kg. Determine a massa de uma caixa vazia, em quilogramas.
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
Os três poemas a seguir foram retirados do Livro de sonetos, de Vinicius de Moraes
(São Paulo: Companhia das Letras, 2009).
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
[3] E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
[6] Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
[9] De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
[12] Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Na terceira estrofe (v. 9-11), a seleção vocabular evidencia a passagem de um estado emocional a outro por parte do poeta.
- Física | 3.4 Transmissão de Calor
(UFPB) Em uma fábrica, utiliza-se uma barra de alumínio de 80 cm2 de seção reta e 20 cm de comprimento, para manter constante a temperatura de uma máquina em operação. Uma das extremidades da barra é colocada em contato com a máquina que opera à temperatura constante de 400 ºC, enquanto a outra extremidade está em contato com uma barra de gelo na sua temperatura de fusão.
Sabendo que o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g, que o coeficiente de condutibilidade térmica do alumínio é de 0,5 cal/s.cm.ºC e desprezando as trocas de calor do sistema máquina-gelo com o meio ambiente, é correto afirmar que o tempo necessário para derreter 500 g de gelo é:
- História | 5.9 Colonização da América
(UFRS) Em relação à Revolução Sandinista, vitoriosa, em 1979, na Nicarágua, é correto afirmar que ela
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
BICHO PAPÃO DA MINHA IMAGINAÇÃO
A gente tem muitos bichos na vida. Eu, como toda criança, tive meu bicho-papão particular, chamado medo.
Bicho-papão aparecia nas horas mais escuras da noite, naquelas horas em que a cabeça da gente começa a imaginar besteiras, imaginar, imaginar, de repente o medo toma conta do mundo.
Bicho-papão a gente inventa.
O meu foi inventado por uma cozinheira gorda, chamada Guiomar. Guiomar (...) vivia contando histórias terríveis, de botar cabelo em pé. (...)
(...)
Eu sei que, de tanto ouvir a cozinheira, criei meu Bicho-papão particular. Ele era assim: olhos cor de fogo, pés virados pra trás, soltava muita fumaça pelas ventas e era mula-sem-cabeça, além de pular num pé só e usar touca vermelha, fumar um cachimbo e, de vez em quando, parecer minha professora de matemática. Tinha vezes que Bicho-papão era ótimo, nem existia! Mas bastava ser noite de tempestade, lá vinha Bicho-papão vestido de lençol branco, casaco de padre, chapéu de freira, blusa de crochê e leque de plumas. Era realmente uma coisa impossível, não existia, era meu medo.
Uma noite cismei que meu pai era o Bicho-papão. (...)
Eu já estava deitada. Era uma noite escura. Papai estava conversando na sala, com visitas. De repente, pensei assim:
“O Bicho-papão está fingindo que é meu pai. Ele está lá na sala, conversando, enganando todo mundo, tomando a forma de meu pai, o danado! Mas não é meu pai, é o Bicho-papão! Pra tirar a dúvida, vou chamar ele pra vir aqui no meu quarto... se ele tiver pé de pato, em vez de ter pé de gente, é porque ele não é meu pai!”
O vento batia na cortina branca, igual aos filmes de terror. Resolvi que preferiria dormir, sem saber da verdade. Chamar pra tirar a dúvida? Deus me livre.
Lembrei de uma reza que Guiomar tinha me ensinado pra espantar todos os males do mundo. Era uma reza complicada, precisava rezar e dar uns pulinhos e umas voltas. Pra rezar aquilo seria necessário sair de debaixo do cobertor. Deus me acuda!
(...)
Resolvi tomar coragem, mas o pavor não passava. Era preciso rezar a reza de Guiomar (...).
Pulei da cama rápido, acendendo a luz de cabeceira. Sombras enormes projetavam-se nas paredes, a cortina continuava a dançar, enquanto o vento gemia lá fora: uuuuuuuuuuu!
Comecei a recitar a reza.
(...)
Na exata hora em que eu estava dando o sétimo rodopio, meu pai entrou no quarto, pra ver que barulheira era aquela. Foi entrar, eu pulei de volta na cama, dura de pavor. Seria meu pai, ou seria o Bicho-papão? Eu ainda não tinha terminado de rezar a reza, faltava completar o sétimo rodopio, depois rezar uma ave-maria.
(...)
Papai aproximou-se para ajeitar meu cobertor. Eu, de olhar duro, sem espiar os pés dele. Com certeza eram de pato, virados para trás (...).
– Você precisa dormir, menina. Amanhã o colégio começa cedo.
Resolvi espiar. Eu ia dar uma olhadinha rápida nos pés do meu pai, era só tomar coragem. Suava frio, tremia toda, apavorada.
– Você está com frio?
“Pronto! Ele perguntou isso só pra me soprar o fogo de suas ventas! Era a mula-sem-cabeça, fingindo ser papai. Tinha pé de pato, com certeza absoluta!”
Tomei coragem, virei os olhos pra baixo pra espiar. Neste segundo, ele apagou a luz dizendo:
– Boa noite.
Fiquei sem saber se era meu pai ou se era o Bicho-papão. (...)
ORTHOF, Sylvia. Os bichos que eu tive (memórias zoológicas). Rio de Janeiro: Salamandra, 1983. p. 30-32.
“Lembrei de uma reza que Guiomar tinha me ensinado pra espantar todos os males do mundo.”
Por que a menina demorou a rezar para espantar o Bicho-papão?
a)
- A reza de Guiomar era bem simples, mas era longa.
b)
- Dava para rezar debaixo das cobertas, mas era preciso fazer uns barulhos.
c)
- Ela não acreditava que a reza fosse funcionar.
d) Para rezar, ela teria que sair da cama.
- Biologia | 12.6 Populações
(UFJF) Recentemente, uma nova espécie de caramujo aquático foi descrita para a América do Norte. Os pesquisadores estavam estudando o que acreditavam se tratar de duas populações de uma espécie bem conhecida, quando observaram que os indivíduos da população ‘A’ apresentavam características morfológicas diferentes daquelas observadas nos indivíduos da população ‘B’. Para confirmar que a população ‘A’ representava uma nova espécie, os pesquisadores analisaram e compararam o DNA dos indivíduos provenientes das duas populações e provaram, através de experimentos de laboratório, que esses indivíduos não são capazes de se acasalar. As diferenças observadas no DNA e o fato de os indivíduos das duas populações não terem acasalado e, portanto, não gerarem descendentes férteis foram interpretados pelos cientistas como provas de que essas duas populações correspondem a duas espécies diferentes.
I. O mecanismo de isolamento reprodutivo entre as populações de caramujos poderia ser do tipo pré-zigótico, já que os indivíduos não foram capazes de se acasalar.
II. Duas populações que se encontram em alopatria podem se tornar espécies diferentes ao longo do tempo devido à manutenção do fluxo gênico.
III. Através de mutações no DNA e ausência de fluxo gênico, alelos diferentes vão sendo fixados nas duas populações levando à formação de duas espécies diferentes.
IV. O isolamento geográfico pode resultar em mudanças no fenótipo, que tornam os indivíduos incompatíveis para a reprodução.
V. O isolamento reprodutivo pode ocorrer em consequência do isolamento geográfico e ausência de fluxo gênico entre populações alopátricas.
Assinale a opção com as afirmativas CORRETAS: