(UNICAMP) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,
Questões relacionadas
- Química | 1.5 Funções Inorgânicas
Assinale a alternativa CORRETA para o par de substâncias cujas soluções aquosas, ao serem misturadas, produz um precipitado amarelo.
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia o texto a seguir.
Fico lembrando dele esperneando no berço. Ele era uma coisica ainda mais estranha do que é hoje. Não, muito mais estranha: hoje ele é gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os outros irmãos, sobre a dona da padaria. Antes ele era... um... um montinho que se mexia também estranhamente. Eu ficava horas olhando para ele. As mãozinhas minúsculas, que de tão minúsculas ele nem sabia que tinha. Na verdade, acho que ele realmente não sabia para o que elas serviam. Elas navegavam no ar, aquelas titiquinhas de dedos sem entender nada, parecendo uma sementinha viva.
CISALPINO, Murilo. In: RAMOS, Ricardo et al. Irmão mais velho, irmão mais novo. São Paulo: Atual, 1992. p. 64-71.
A “coisica estranha” de que fala o autor é
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.08 Reportagem
O boto vai virar lenda?
O famoso mamífero amazônico corre o risco de desaparecer: ele vem sendo morto em
especial para a pesca da piracatinga – e a moratória da atividade por cinco anos,
iniciada em 2015, pode ser pouco para salvá-lo.
O boto-cor-de-rosa é um dos mais icônicos e folclóricos animais da Amazônia. Mesmo protegido pela legislação brasileira, uma nova atividade tem pressionado suas populações na região: assim como os jacarés, ele tem sido caçado ilegalmente para servir de isca na pesca de um bagre conhecido como piracatinga. O fato tem causado preocupação em pesquisadores e entidades não governamentais, que pedem mais esforços na proteção do bicho, endêmico dos rios amazônicos.
A piracatinga ( Calophysus macropterus) é uma espécie de peixe que se alimenta de carniça e gordura. De forma geral, os jacarés são os animais mais utilizados como isca, devido ao seu grande número e à facilidade de encontrá-los na região. Porém, são os botos as iscas mais valorizadas pelos pescadores.
“O boto-cor-de-rosa possui uma carne com alto teor de gordura e, por isso, é mais atrativo para a piracatinga, além de ele ser um animal dócil, sociável e fácil de capturar”, explica o ecólogo Joné César, diretor executivo da Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), que coordena e apoia pesquisas científicas para preservação dos mamíferos aquáticos da Amazônia, como o boto. “A pesca da piracatinga está promovendo uma verdadeira matança de botos na Amazônia e ameaçando as populações do animal.”
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reconhece a dificuldade de fiscalizar a região e de flagrar os crimes no momento em que acontecem. “A Amazônia é muito extensa, a locomoção é feita principalmente pelos rios, e temos grande dificuldade para fiscalizar mais de um milhão de quilômetros quadrados em que essa atividade pode estar ocorrendo”, pondera Luciano Evaristo, diretor de proteção ambiental do Ibama. “Por isso, é muito importante contar com o apoio da população, na forma de denúncias, mas isso não ocorre com frequência.”
Contornando o problema
Como uma forma de amenizar o problema, o governo federal impôs uma moratória que entrou em vigor em janeiro de 2015, a qual proíbe a pesca, a estocagem e a comercialização da piracatinga em todo o território nacional por cinco anos. Dessa forma, busca proteger as populações de botos e jacarés até que outras soluções sejam encontradas. O descumprimento da determinação caracteriza crime ambiental e está sujeito a cancelamentos de licenças e permissões ou registros da atividade pesqueira, multas e prisões.
Nesse ínterim, a ideia é que organizações ambientais trabalhem conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente na busca de outras opções para a pesca da piracatinga. “Um dos maiores problemas é operacional, é muito fácil matar o boto”, ressalta César. “Por isso, uma ideia é desenvolver iscas alternativas e de fácil acesso, como vísceras de outros animais e restos industriais não utilizados de peixes.”
A previsão é de que o foco da fiscalização no período da moratória sejam os frigoríficos. “Nosso pessoal no Ibama já está mapeando todas essas instalações e, se alguém vender ou transportar piracatinga a partir de janeiro deste ano, poderá ser preso”, destaca Evaristo. “Inclusive já contatamos as autoridades colombianas, para onde vai a maior parte da piracatinga, para que nos ajudem a combater a prática ilegal.”
Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2015/04/o-boto-vai-virar-lenda>.
Acesso em: 11 maio 2015.
Segundo uma lenda do folclore amazônico, durante as festas juninas o boto-cor-de-rosa transforma-se em um elegante rapaz, usando roupas brancas e chapéu, e sai do rio em busca de moças bonitas. No título do texto, a expressão “vai virar lenda” é:
- Geografia - Fundamental | 02.1. Água: usar bem para ter para sempre
Leia o fragmento do poema de Maria Souza dos Santos Sanches Rio Amazonas - Poemas de amor (...) “As águas do Rio Amazonas
são de prata e de ouro.
A lua quando o toca
traz cheia e pororoca, se é o sol que beija as águas,
as maresias ficam douradas
que se espalham no delta,
desembocando no mar...
rio e mar a namorar.”(...) Disponível em:< http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=237051>Acesso em: 03 nov. 2014.
1. O fragmento nos relata o momento em que o rio encontra o mar. Qual o nome dado à parte de uma bacia onde acontece o encontro do rio com o mar?
2 . A pororoca é um nome de origem indígena que pode ser entendido como uma onda de maré. Ou seja, ela é o resultado da invasão das grandes marés no curso de alguns rios. De acordo com o poema, o que é a pororoca?
- Sociologia | 4. Poder, Estado e Política
(ENEM 2018 1º APLICAÇÃO) A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra.
CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês porque se baseia em: