(CEFET) Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
ANDRADE, Oswald de. Pau-Brasil. São Paulo: Nova Fronteira, 1992.
O aspecto do modernismo brasileiro destacado no poema refere-se à
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OS TRÊS SURDOS E O DERVIXE MUDO
Certa vez havia um pastor de cabras, que era muito surdo. Um dia, tendo conduzido suas cabras para um local em que havia para elas muito o que comer, ele se lembrou de que havia deixado para trás sua própria comida, no vilarejo em que vivia.
Não longe de onde ele estava, havia um homem, trabalhando com um instrumento de corte muito agudo, que recolhia algumas folhagens para o seu cavalo. Então o pastor aproximou-se dele e disse:
- Irmão, você poderia por gentileza ficar de olho nas minhas cabras enquanto eu vou em casa buscar minha comida?
Bem, o homem que recolhia as folhagens era também muito surdo, e ele não entendeu nenhuma palavra do que o pastor de cabras dissera. Ele respondeu então:
- Ora, eu preciso de tudo isso que estou cortando para o meu próprio cavalo, e eu certamente não o darei para você ou para as suas cabras! Vá embora, e deixe-me em paz! - E ele agitou os seus braços em torno de si, numa grande excitação.
O pastor, pensando que ele estava concordando, agradeceu-lhe e saiu correndo em direção ao vilarejo. O ceifeiro continuou seu trabalho.
Quando chegou em casa, o pastor procurou por sua mulher e ela estava deitada em sua cama, sofrendo de uma febre repentina. A esposa de um vizinho estava cuidando dela e da criança, de modo que ele catou sua matula de pão e tâmaras, e retornou ao seu rebanho.
Tendo feito sua refeição e sentindo-se grato àquele homem por cuidar de suas cabras, ele pensou em recompensá-lo. “Deus sabe o que poderia ter ocorrido aos animais! Eu vou dar a ele este cabrito manco, que para mim não tem serventia, e ele poderá assá-Io e ter um banquete esta noite". Assim, colocando em suas costas o cabrito machucado, ele foi ao encontro do homem e disse:
- Este é um presente para você, por ter vigiado o rebanho enquanto eu fui a minha casa no vilarejo.
O surdo ceifeiro, vendo o pastor chegando com o animal às costas, pensou que o outro estava reclamando por causa da perna machucada do cabrito e disse:
- Será que eu posso ser censurado pelo fato de essa sua desgraçada criatura ter quebrado a perna? Eu não estava sequer olhando nessa direção, como é que eu posso estar envolvido nesse acidente?
- Meu querido amigo, disse o pastor, este é um animal jovem e bom, e ele dará um delicioso cozido para você e para sua família!
- Estou lhe dizendo, gritou o ceifeiro, eu nunca me aproximei do rebanho, e não é correto me dizer nada sobre esse animal! Leve-o com você, não tenho mais tempo para ficar aqui conversando fiado com você, desprezível pastor!
Vendo que o outro homem estava irritado, o pastor deixou cair no chão o cabrito e também começou a gritar, tentando se fazer ouvir. Como eles estavam partindo inflamados para uma discussão, um viajante na estrada veio até eles para ver o que estava acontecendo. Ele desceu de seu cavalo e conduziu-o em direção aos dois homens. O pastor disse:
- Eu estava apenas tentando dar a este homem um jovem e tenro cabrito, como um presente por ele ter vigiado meu rebanho de cabras enquanto eu fui a minha casa no vilarejo, mas ele parece tomar isso como uma espécie de ofensa!
O viajante pôs uma mão por trás de sua orelha e o ceifeiro disse:
- Esse miserável pastor está me repreendendo porque parece que um dos seus animais quebrou uma perna enquanto eu estava aqui, mas eu nem sequer olhei na direção do animal nesta última hora!
Por uma curiosa artimanha do destino, o viajante também era surdo e pensou que ambos os homens estavam dizendo algo que lhe dizia respeito. Ele respondeu:
- Sim, este cavalo de fato não pertence a mim, eu o capturei um pouco acima nessa mesma estrada e, como eu estava cansado, eu o montei e cavalguei até aqui. Eu sinto muito se ele pertence a vocês. Por favor aceitem minhas desculpas, eu aqui o devolvo com meus muitos agradecimentos.
Nesse momento, ocorreu que um velho dervixe passava pelo local, e os três homens pediram-lhe encarecidamente que julgasse o caso deles. Bem, o dervixe podia ouvir a todos eles perfeitamente bem, mas era incapaz de falar, pois ele era mudo. Então ele olhou para cada um dos homens, firmemente, por todo um minuto, os seus olhos escuros e brilhantes controlando os deles num olhar fixo quase hipnótico.
Depois de toda aquela gritaria e excitação, isso teve um efeito peculiaríssimo sobre os três surdos. O medo apoderou-se deles, pois começaram a imaginar que o dervixe tinha algum poder místico e estranho que poderia fazer que ficassem enfeitiçados.
Temendo que algo terrível estivesse prestes a acontecer, o homem que havia capturado o cavalo montou-o, e rapidamente partiu galopando. O ceifeiro catou toda a forragem de que precisava e juntou-a no interior de sua rede e saiu caminhando com dificuldade. O dervixe continuava fitando, sem piscar, com seu olhar fixo, e o pastor decidiu conduzir suas cabras um pouco adiante, onde havia melhor pastagem.
Então o dervixe, seguindo serenamente seu caminho, pensou consigo mesmo que, em muitos aspectos, a fala era um dom sem o qual os seres humanos poderiam facilmente viver.
SHAH, Amina.Contos da Arábia: Os três surdos e o dervixe mudo. Ed. kadyc, SP, 1997, p. 33
Vocabulário:
Dervixe = daroês
[Do ár. darwR%, ‘pobre’, ‘mendigo’; ‘asceta religioso’, de or. persa.]
Substantivo masculino.
Religioso muçulmano, esp. o pertencente a uma ordem ascética ou mendicante e que manifesta sua devoção ou estados místicos por atos como danças, gritos, etc.
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I.
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