No entanto, uma condenação da vida por parte do vivente permanece sendo, em última instância, apenas o sintoma de um tipo determinado de vida: sem que com isso se pergunte se uma tal condenação tem ou não razão de ser. Se precisaria ter uma posição fora dessa vida e, por outro lado, conhecê-la tão bem quanto um, quanto muitos, quanto todos que a viveram, para se ter antes de tudo o direito de tocar o problema do valor da vida: razões suficientes para se compreender que esse problema é inacessível para nós. A moral, tal como foi entendida até aqui, diz: “Pereça!” ela é o juízo dos que foram condenados.
NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos ídolos. São Paulo: Martins Fontes, 1999 (adaptado).
Em Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche descreve a moral estabelecida no Ocidente como um(a)