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Língua Portuguesa - Interpretação de Textos

"Acuenda o Pajubá: conheça o 'dialeto secreto' utilizado por gays e travestis

Com origem no iorubá, linguagem foi adotada por travestis e ganhou a comunidade

Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã! Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o 'dialeto secreto' dos gays e travestis.  Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: 'É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou numa reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de 'acué' o tempo inteiro', brinca. 'A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoa já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...", comenta. 

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada, lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do pajubá. 

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil colonial'. 

Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por:

A: ter mais de mil palavras conhecidas. 

B: ter palavras diferentes de uma linguagem secreta. 

C: ser consolidado por objetos formais de registro. 

D: ser utilizado por advogados em situações formais.

E: ser comum em conversas no ambiente de trabalho. "


Dúvida: 

A questão, pergunta qual dentre as alternativas faz com que o dialeto seja considerado patrimônio linguístico, correto? 

O gabarito informa ser a letra c) ser consolidado por objetos formais de registro. 

A minha dúvida é exatamente em determinar o que se caracteriza como patrimônio linguístico... Eu marquei a letra A) ter mais de mil palavras conhecidas. 

A minha dúvida é que eu pensei em palavras que estão no léxico da nossa língua mas ainda não foram dicionarizadas, não podemos considerá-las como patrimônio da língua? 

Dialetos falados por grupos sociais ainda mais marginalizados do que os LGBTS e que, portanto, não foram dicionarizados, não se caracterizam como dialeto também? há uma regra específica para que determinada variação da língua seja considerada dialeto?